29/07/2012

As minhas mãos

Este post é de mim para mim. Para aqui vai e, por isso,  para todos. Não importa as inconfidências. Quero lá saber!
As piores fotografias deste blogue são das minhas mãos. Engraçado que não gostava de me ver em fotografias e agora, por tudo e por nada, lá vai uma para aqui.
As minhas mãos! Que lindas eram há uns anos e como as vejo agora tão feias nas fotografias deste blogue.
Que se lixe!

São mãos de uma mulher  que é mãe e cozinha todos os dias para os seus filhos e para o marido. E que lava a louça toda sem pôr um par de luvas - burra! - e que, depois, à noite põe cremes nessas mãos que não desfazem o efeito nocivo dos detergentes. E vai alguns com lixívia incorporada para ficar tudo desinfectado. Todos os dias.  Cedo ou tarde. Tarde ou cedo. Excepto hoje que fui jantar com o meu homem à taberna 1300 no Lx factory. E os miúdos desunharam-se que os pais precisam de tempo só para eles.
As minhas mãos! De repente, quando penso em quanto tacho, panela, copo de bimby e tudo o mais que passaram por elas para ficarem lavados. Quantas fraldas e quantos banhos.Quantos jantares  e quantos almoços! Quantas festas de anos! Os Crismas (os Batizados: não fui eu. A minha Avó! A minha Mãe!). Quantos jantares de amigos! Quanto tricot! Quanta costura à mão!
As minhas mãos. ...
De repente gosto das minhas mãos assim, como são, de mulher marcada de trabalhos mil.
De mulher que alimenta o corpo de pessoas e ...que porra!... lhes alimenta as almas também! Estas mãos que têm um bocadinho da feieza delas na beleza deles.
Que bom ter as mãos assim. De repente: gosto das minhas mãos. Gosto do feio que elas têm.
Um beijinho da Maria

2 comentários:

Unknown disse...

Querida Maria, gostei muitissimo deste post. Uma das recordações mais presentes que tenho da minha querida mãe, são precisamente as suas mãos. Já tinham algumas manchas, apesar do seu constante cuidado e as suas unhas...imaculadas. E hoje, quando olho para as minhas mãos, vejo-as, finalmente, a ficarem parecidas com as da minha mãe. Cuido delas, como ela cuidava. E mais...uso-as como ela usava: para ajudar a que os meus abraços sejam mais apertados, acariciar alguém com suavidade, para amparar os necessitados e os desajeitados e para rezar. Olho para as minhas mãos, como se de uma herança se tratasse. Que as minhas possam deixar rasto, como deixaram as da minha mãe. Um grande beijinho para ti, querida Maria!!

Unknown disse...

Querida Maria, gostei muitissimo deste post. Uma das recordações mais presentes que tenho da minha querida mãe, são precisamente as suas mãos. Já tinham algumas manchas, apesar do seu constante cuidado e as suas unhas...imaculadas. E hoje, quando olho para as minhas mãos, vejo-as, finalmente, a ficarem parecidas com as da minha mãe. Cuido delas, como ela cuidava. E mais...uso-as como ela usava: para ajudar a que os meus abraços sejam mais apertados, acariciar alguém com suavidade, para amparar os necessitados e os desajeitados e para rezar. Olho para as minhas mãos, como se de uma herança se tratasse. Que as minhas possam deixar rasto, como deixaram as da minha mãe. Um grande beijinho para ti, querida Maria!!