31/03/2014

"It's raining again..." Look: cosy! cosy! cosy! Aconchegante!


Cosy, cosy, cosy...
Aconchegante.
Porque parece que a chuva vai acompanhar-nos até ao final da semana. 
Que seja!
Isso e, de permeio, demonstrar que, quando precisamos de óculos de ver ao perto a última coisa que
devemos fazer é escolher óculos-meias luas ou retângulos pequeninos, todos HORROROSOS à "avózinha". Ou seja: estilo precisa-se para ver ao perto. Um post que considero necessário que venha
para este blog porque uns óculos de ver ao pé estilosos tiram VINTE anos a quem os usa. Os óculos à avozinha põem QUARENTA anos em cima e deviam ser proibidos às mulheres (com os homens "outro galo cantará" e estou-me a lembrar dos Cartier em ouro que lhe dá uma classe que ...ui!).
DICA: usar um cachecol ou um lenço de cor forte faz toda a diferença de um look de tons neutros em dias cinzentos e chuvosos! 
Vamos lá ver:

30/03/2014

Look: "inqualificável".

Look inqualificável. Para mim porque estamos na Primavera e as temperaturas estão tão baixas e o tempo tão húmido que parece o pino do Inverno. Tenho frio, frio, frio.
Para outros inqualificável por ser pele + pelo. Neste caso, astracan. E porque uma mulher, como eu, que se atreve a utilizar as peles dos pobres animais devia ser esganada ou até esventrada, desossada e, por último, devia ser esfolada, arrancando-lhe a pele. Ok. Que seja. Vou-me finar de qualquer maneira. Que seja assim. No problem. Usem a minha pele (e o resto que esventrarem) como quiserem. Até lá, e no "entrementes", este casaco tão leve e tão quente tem-me dado um jeito que nem imaginam. Conforto de top.
Não vou entrar em discussões sobre o uso de peles. Mas se quiserem criar polémica, estejam à vontade. Com elevação, educação e moderação e outras coisas que acabem em "ão": mas dêem-lhe com força! Eu... continuo feliz com o meu casaco que é "ultra".

28/03/2014

Vi, experimentei e gostei # 6

Custam os olhos da cara e é pena que só se possam usar na praia. Mas isso não quer dizer que não sejam do melhor que há, que durem anos, anos e anos e que não fiquem lindos de morrer.
Ontem experimentei-os no El Corte Inglés e confirmo tudo isso.
Aqui ficam as fotografias do site oficial da La Perla e estes são ANNA CLUB by La Perla:

27/03/2014

Essenciais "meia estação" que vi, gostei e experimentei # 5

Riscas. Azuis e brancas. Trazem sempre cheiro a Primavera e mudança de estação. É certo que as tendências podem trazer muitas novidades, mas as riscas azuis e brancas são a novidade intemporal da Primavera.
Desta vez, aliei-as à tendência da época: as bermudas estão de volta.
Boa dica é juntá-las com apontamentos de cor forte, em vermelho, "fucsia" (do "rosa-choque" ao magenta), azul klein, laranja, amarelo limão,...
Ando de olho nestas. Mas, como custam 79€, e o tempo não está  para tecidos finos, venham os saldos...

26/03/2014

Essenciais estação de transição que "vi, experimentei e gostei" #4


Tanto faz sol como chove e a oscilação das temperaturas no mesmo dia causa dificuldades ao corpo de se
habituar e de se adaptar à temperatura.
Nesta mudança de estação, vou sugerir uns "essenciais" que eu vi, experimentei e de que gostei. Esta é a primeira série das próximas que estão na calha para entrar no blog. Tem chovido e, como "Abril águas mil" prevê-se que persista.
Por isso vamos começar pelo "trench coat".Para esta altura do ano, o útil é um de tecido mais fino que permita andar elegantes no meio da chuva primaveril que intercala com períodos de sol brilhante e quente.
Elegi este.  Custa 79,95€. O tecido é muito leve e amarrota-se imenso (o que acho que só aparentemente é um inconveniente porque acho giro o ar descontraído e usado que isso dá). Estou ansiosa por usá-lo com umas sandálias mas hoje tive de carregar nas camadas de roupa a começar por esta fabulosa raposa em verde muito escuro.
Aqui está o look:


24/03/2014

Foi uma bofetada de luva branca. Mas era do que precisava e fez-me bem. E (outras) coisas da minha vida...

Hoje, no ginásio (sim, não sei porquê, o ginásio é uma fonte de inspiração), entre encontrões de balneário com cacifos exíguos, acabei por perceber que quem estava ali era a Sofia. Uma miúda que, pela aparência, podia ser minha filha. Miúda de ar feliz e bem resolvido. "Olá! Não sabia que era a Sofia que estava aí". Ela: "Olá! está boa?" Eu: "Fazemos por isso... mas com este tempo, como podemos estar bem?" Ela: "o que é importante é o sol que temos dentro de nós."
Bofetada de luva grande me deu esta miúda. E nem ela percebeu. E eu vim daquele ginásio a sentir a urgência de me isolar para perceber que nuvens negras, dentro de mim, ensombram o sol que está na minha alma. E eu tenho esse Sol da minha alma. E essas nuvens impedem que eu seja luz para os outros. A luz que eles precisam. "Mea culpa, mea culpa, mea culpa,...)
Há muito tempo que não levava um encontrão assim, sem esperar. Mas muito eficaz. Eu acho que todos devíamos levar um encontrão destes para perceber que temos de parar para pensar.Necessidade de isolamento, introspecção, reflexão, meditação. Eu chamo-lhe oração. Oração urgente para perceber o que se anda a passar por aqui. Porque isso é que é importante para a nossa vida, incluindo a do dia a dia. Não é o mais urgente mas é seguramente o mais importante.

Tenho agora em cima da secretária um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo. Desta vez os interesses que eu defendia decaíram. Perdi. Mas perdi bem. Porque este é um acórdão exímio, pensado, cuidado, dá-me as razões - num longo raciocínio de quem quer chegar à Verdade e à Justiça - e  tomou partido na discussão jurídica de um tema muitíssimo complexo. Fê-lo contra as pretensões que eu patrocinava. Mas fê-lo bem. Ponderadamente, analisou, uma por uma, as questões que estavam em causa e que lhe haviam sido submetidas à apreciação. Por mim e pela outra parte. E senti-me bem. E o meu Cliente também. Ficamos conformados e com a sensação de que se fez justiça. As coisas quando são explicadas - bem explicadas, com sabedoria, ponderação, discernimento, ciência - entram nas pessoas porque todas as pessoas são inteligentes e existe nelas uma aptidão natural, que vem da razão, para chegar à verdade. E para isso é preciso mostrar a verdade. Assim mesmo: com ciência, com sabedoria, com ponderação, com discernimento, sabendo ouvir (escutando) as razões das pessoas. O resto é só uma questão de paciência, de saber respeitar o ritmo de cada um. Com a certeza de que lá chegarão: à verdade, ao belo e, no que toca ao tema deste blog, à elegância. Com "assobios nas curvas", com certeza. Com erros com certeza. Mas lá chegarão. E isso é que importa.
Beijo da Maria.

23/03/2014

O peso não é tudo. O nosso corpo é aquilo que nós comemos. Nutrição: saudável!

Uma confissão: eu passo a vida a fazer dietas. Pronto. Já disse. Já escrevi. Não vou apagar.
Ora a minha vida não tem sido uma vida fácil. É muita labuta, é muito problema, é muito preocupação (e o pior é quando são mesmo pre-ocupações que não servem para nada e ando a lutar para que sejam só ocupações), é muito stress, é muita corrida, é muito trabalho. Por isso ando um bocadinho aflita comigo. E resolvi ir lavar mágoas para o ginásio. Diariamente treino intenso, níveis máximos. De tal maneira que dei comigo numa aula de spartans e foi preciso isto para perceber que o treino que ando a fazer, embora me faça suar muito (eu meti na cabeça que o suor me limpa a cabeça do stress), é para meninos e meninas. Spartans não tem explicação: é "muito à frente". E meti-me naquilo porque, se os outros conseguem, eu também consigo. E porque me faz subir de nível. Físico e não só. Isso e tudo o resto.
A questão foi a balança. Que tem a balança a ver com o exercício físico perguntarão os meus amigos? E perguntam bem.  E eu vou responder:

Vi, experimentei e gostei #3

Zara Home para ir buscar um frasco de casa de banho que tinha acabado de partir estupidamente só porque não o desviei.
O meu radar vai direitinho para a colecção de praia: saídas de praia, em forma de túnicas, conjugadas com as toalhas de praia e os chinelos. A túnica 100% seda. Quem disse que para a praia tem de se ir andrajoso? Apeteceu-me o verão, a praia, o sol só para os visitar nestes outfits com resmas de estilo.
As toalhas de praia em algodão com riscas e franjas. Os "organizadores de malas" que resolve os problemas das confusões nos sacos de praia com os cremes, o telemóvel e os óculos tudo a "granel" lá para dentro (não vos acontece?).
Fiz estes conjuntos e maravilharam-me estas peças. Eu não sou muito de conjuntos com tudo a condizer, mas tendo em consideração que haverá sempre a possibilidade de conjugar estas peças com outras, vamos a isso! Praia com muito estilo: precisa-se.
Vamos ver:

Vi, experimentei e gostei #2

Andam no ar. Estão na moda e são um "imprescindível" muito camaleónico para a próxima estação (e para esta e para todas, mas agora em força): as calças largas que se usam compridas quase a tocar no chão (o que faz com que a bainha seja a coisa mais difícil de marcar considerando que os saltos dos nossos sapatos vão do zero aos
10 centímetros e eu ando sempre de sabrinas atrás para substituir os tacões quando tenho de andar na calçada).
Esta estação: elegi ESTAS.  Um corte impecável, um tecido com estrutura mas pesado que fazem com que caiam direitas, com elegância. E que ficam bem em todos os corpos porque são direitas e têm um cair impecável. Além disso, são modernas e clássicas ao mesmo tempo.
 Azul marinho. Que considero a cor mais chique para este modelo (para fugir do clássico preto que não me parece tão chique).
Uma dica: quando experimentarem calças, vejam sempre como ficam no rabo. Elas têm de cair direitas, como nestas fotografias, e sem marcar nem se enfiarem onde não é suposto e não revelarem a forma da roupa interior (fica foleiro e muito, muito ordinário, a começar pelos elásticos das cuecas marcados nas calças :( :( :( ). Estas são impecáveis e espero trazê-las para aqui ao vivo e a cores.
Vamos ver:

22/03/2014

Vi, experimentei e gostei #1

Aqui está uma nova rubrica deste Blog. São coisas que eu vi, de que gostei, que experimentei e que considero escolhas inteligentes em termos de preço / qualidade. Que podem inspirar as pessoas que lêem este blog e que não têm tempo nem paciência para andar de radar no ar e visitar as lojas como eu ando...
Vou começar pela "Mentol Bijuteria"
Porque tem coisas giras, com muita qualidade e uns preços irresistíveis.
Embora não tenha uma loja tradicional, pode encomendar-se pelo facebook e tem um "corner" no Centro Comercial do Campo Pequeno (Lisboa) em frente da loja Intimissimi. Trouxe já aqui para o Blog as pulseiras da cruz e muitas pessoas gostaram e me perguntaram de onde eram. Eu, na altura, não sabia porque as tinha comprado numa venda no Monumental do Saldanha. Mas gostei. Muito. E depois houve contactos posteriores e fiquei a saber de onde eram e agora aqui posso estar a falar sobre elas.
Exportam para uma zona balnear muito chique de Espanha onde fazem furor e são vendidas a uns preços que nada têm a ver com os de Portugal.... E se as espanholas não os compram!!! Como pães quentes...

Deixar rasto.

Aqui está um homem que deixou a terra e nela cumpriu a sua missão. "Deixou rasto". Era um homem  extraordinário e chorei quando li isto.
http://avenida-liberdade.blogspot.pt/2014/03/o-meu-irmao-fernando.html?m=1
Tenho saudades dele e o mundo ficou órfão de um homem bom que fez tanto por esse mundo, pelas pessoas, pelas famílias, pelo bem.
No Domingo cheguei de Viseu e, numa correria, fui a S Nicolau assistir à missa de outro grande homem, o Chico. Custa me pensar que já não o vou ver mais. Era um homem bom. Com o Fernando, ele tinha muitas coisas em comum. Eu via-os sempre com muita serenidade e um sorriso. Serenidade que me dava paz e um sorriso que me transmitia alegria e confiança na vida. Mas o que eles têm em comum é o facto de, olhando para as suas vidas tão curtas, se concluir que cumpriram a sua missão na terra, partiram mas deixaram rasto, obra feita. E obra grande. Para sempre.
Agora  - servos bons e fiéis - entraram na Vida Eterna com um grande abraço do Pai Deus a Quem confiaram a sua vida e em Quem confiaram tudo na vida. Tudo. Porque eles viveram de confiança e abandono em Deus. Quem teria tantos filhos se não confiasse em Deus?
Será que o mundo ficou mais pobre sem eles? Eu sinto que sim, mas a fé diz-me que não porque a vida deles,  a sua passagem na terra, deixou o mundo melhor do que era antes. O mundo ficou melhor - e mais rico - depois deles aqui terem passado. Mais rico em bens e em humanidade. E foi tão pouco tempo. E por isso eu não posso concluir que, com a sua partida tão cedo, o mundo possa ter perdido. Eu tenho de pensar que o Mundo ficou melhor.
Quantas pessoas aqui andam agarradas às coisas da terra!!!!! Eu sei porque vivo com isso todos os dias, a toda a hora. Ganância. Poder. Riquezas materiais. Dinheiro. Luxos. Matam-se, ofendem-se e andam envolvidas em guerras infindáveis. Estes homens eram homens desprendidos. Fizeram o que Deus quis que eles fizessem nesta terra. E o mundo ficou um mundo melhor. Mais rico. E eles eram homens desprendidos. Mas agora têm a riqueza da vida e da felicidade  Eterna
Quando o Chico partiu para o Céu e nos deixou, a mim serviu-me (marcou-me) o exemplo daquela família cheia de fé e de confiança. Uma família linda de morrer, abençoada com uma beleza exterior que não deixa ninguém indiferente. Mas sobretudo uma beleza que resulta da serenidade e confiança que vi estampada em cada um deles. Em cada um (e são muitos). Serenidade e Confiança. Paz.
A eles - ao Chico e ao Fernando - peço que digam coisas boas de mim a Deus. Porque um dia serei eu. E ando a pensar na minha missão na terra. Que rasto vou eu deixar?
Sim. Um dia vou ser eu.

Beijo da Maria.

15/03/2014

Cores da Primavera. Quinta da Pena em Povolide, Viseu.

Subir às árvores. Cheiro a terra. Brincadeiras que às vezes davam em asneiradas.
Memórias, memórias, memórias sem fim num cenário idílico de fontes e nenúfares.
Onde hoje encontrei de novo o cheiro e as cores da Primavera: azul, verde, amarelo, rosa, lilás, laranja, ...
E mais memórias, memórias, memórias... Dos meus avós... do cheiro do lagar de azeite, da terra molhada.
E hoje cheirou-me outra vez a Primavera.




14/03/2014

Quando o tema são lenços...

Consegui!!!!
Consegui!!!!
Consegui!!!!!
...... Andar .... sem camadas ... e .... sem frio...
Sol quentinho de luz bonita com a certeza de que vem aí a Primavera.
 E quando o tema são lenços: no pescoço ou no cinto????


10/03/2014

Vamos abrir a época balnear?

Abri o site da Zara e apeteceu-me inaugurar a época balnear.
Aqui está um fato de banho que não me escapará se o vir e me ficar bem.
Eu gosto destas tendências, mesmo na praia.
Custa 19,95€, não deve durar muito. Mas é giríssimo.

Beijos da Maria

08/03/2014

O dia da Mulher.

O que agora vou escrever está completamente "fora dos postes", "contra corrente",é  "embaraçante", "lixado". Mas há uma coisa que eu vou dizer: estou-me nas tintas. Que se lixe. Eu conquistei umas costas tão largas que comportam (mínimo) um estádio de futebol.  Sinto-me completamente livre, sobretudo porque tenho aspirações na vida muito superiores a ter 50 mil visualizações por dia (!!!) neste blog e porque não tenho intenção de conquistar visitas a este espaço à conta de mostrar o corpo, mesmo quando isso implica mau gosto ordinário com celulite à mistura que passou despercebido pelo crivo do fotoshop. Muito m-----o mesmo e com uma falta de categoria e piroseira que me me nojo . E a única coisa em que aqui me ponho travão é escrever as asneiras que são a minha tendência e ... tenho imensa pena, mas acho que, acima da minha vontade de dizer asneiras, eu tenho de prezar a boa educação. Que aprendi em casa e que ensinei aos meus filhos (de quem, apesar de tudo, ouço raspanetes porque, quando eu acho que estou sozinha, me ouvem dizer asneiras e ficam verdadeira e genuinamente escandalizados porque fazem parte do meu elenco favorito as piores asneiras que há...).Quando comecei aqui a escrever, nunca pensei que isto fosse tão longe e chegasse aqui... Agora eu queria ter um blog erudito, maior de que mim própria que sou um bocado lerda e terra a terra, muito prosaica e com uma vida sem grandes novidades, igual à de milhares mulheres iguais a mim com as quais me identifico profundamente. Eu sei que isso não me leva longe. Eu sei que, se trouxesse polémicas ou ordinarices para este blog, isso o levaria longe, muito longe até. Só que não é isso que eu quero.
Hoje, dia da mulher, fica aqui aquilo que eu acho que poderia ser o testamento da minha vida. Um testamento totalmente "fora dos postes".
Trabalhei muitos anos, muitas horas, matei a cabeça com soluções que em muitos casos resolveram muitos problemas (não vale a pena falsas modéstias), tratei de assuntos muito importantes e com muitas consequências para a economia e para as empresas, resolvi muitos problemas graves a muitas pessoas, estive no Tribunal de Justiça da União Europeia a patrocinar interesses de "suma". Mas o meu trabalho mais importante não foi esse. Esse qualquer um faria. Qualquer um ... com a minha formação e o meu nível de inteligência (= médio, não vale a pena falsos orgulhos...) e, sobretudo, de esforço. O meu trabalho mais importante foi aquele em que eu não pude nunca ser substituída. Não pude nem podia. O meu trabalho importante foram as fraldas, os banhos, as refeições, a louça, a roupa, as consultas nos médicos por causa das alergias e das tosses, as conversas importantes - foram tão poucas e tão marcantes! - o meu (às vezes mau) exemplo, as idas ao cinema ver filmes de desenhos animados que odiava, as idas aos colégios, os fatos de carnaval (detesto e abomino o carnaval), as perguntas à noite sobre a matéria dos testes do dia seguinte, a preparação das festas de anos e das reuniões de família, as conversas à porta fechada, o abrir a porta de casa a pedir ao Céu que me ajudasse a deixar fora todas as aflições do trabalho (o feito e o por fazer), as guerras para sair a horas dos escritórios por onde passei (Deus abençoou-me com o último), o mandar para a urtigas os chefes que tive sem sentido de família, os beijos tardios nas bochechas de remorsos por ter sido o único do dia, o mandar à m...a os que se tentaram meter comigo em todos os sentidos que se possam imaginar. E os meus dias agora são passados a fazer o meu trabalho e a suspirar pela hora de chegar a casa, onde encontro o meu abrigo seguro, o homem da minha vida, sem o qual não consigo viver, o meu suporte, o meu sustento. Aquele por que lutei a minha vida e que conquistei e conquisto.
Este é o trabalho mais importante da minha vida.Em boa hora percebi que isso mesmo fazia parte da minha vocação. Minha, pessoal. Minha, como mulher.
E uma coisa muito prosaica: eu acho que sim. Que todos devem ajudar em casa. Mas, no final do dia e da história, sabem o que eu acho? Eu acho que todos aqueles que Deus pôs ao meu cargo têm muito de mim. Não, não, não... Não são os ensinamentos, não é o exemplo, não são as lições de vida.
É só mesmo o que comem. Porque sou eu que faço as compras. Sou eu que penso as refeições. Sou eu que lhas preparo. E isso, para mim, é uma fonte inesgotável de Vida. As coisas mais importantes, afinal, são as mais simples.
Beijinho da Maria, com um post scriptum: há uns meses atrás, se me dissessem que eu seria capaz de abrir assim a minha intimidade, eu diria que, ou não seria verdade, ou que teria ensandecido. Mas agora eu sei que não é uma coisa nem outra. São mesmo os últimos acontecimentos da minha vida que apontam TODOS setas para o que é verdadeira e definitivamente importante. O resto são só lérias. Lérias mais ou menos interessantes, mas lérias...

07/03/2014

A influência de Rem Koolhaas na Prada

Estonteante. A influência de um prémio Pritzker de Arquitectura na moda. Não há limites. 
A não perder, na cidade de Nova Iorque, a flagship store da Prada. Por Rem Kholhaas. Um arquitecto sobre quem muito (muito, muito,...) haveria a dizer.
A imagem agora é tudo e mostra que tudo está a mudar. 
Para mim, é oficial: se eu pudesse, voltava a estudar. Moda. Arte. Arquitectura. A tese de doutoramento havia de andar algures entre a Prada e este Kholhaas. Que me deixa sempre tonta. Perplexa. Espantada. Com a certeza de que o mundo está a mudar. Que os autores da mudança somos nós. 
Desta vez, com um "epicentro", algures em New York City.   Completamente erudito. Culto. Faz-me pensar que a moda não é compra e venda, não é comércio. É infinitamente mais. Somos nós. E isso engancha-me, conquista-me, FASCINAAAAAAAAAAAAAA-ME....

04/03/2014

Um óscar especial.

Acabei de ver o espetáculo dos óscares porque ontem nem consegui pensar nisso e passou-me completamente ao lado.
Em geral gostei imenso do que vi pela cerimónia à excepção dos homens que, em geral, não perfilaram bom gosto, ao contrário do que é costume. Não vi nada horripilante como nos anos anteriores, excepção a algumas senhoras "entradas" (=em idade) com pouca tendência para "conjugar a bota com a perdigota".

Mas agora apetece-me dar aqui um óscar especial. À Cate Blanchett. Tem uma classe totalmente genuína, que nasceu com ela e transforma tudo o que põe em cima em beleza, estilo e categoria. Mas não é só classe o que ela tem. Essa é endógena ou, pelo menos, a dela é. Também tem bom gosto. Muito bom gosto e elege o que lhe fica bem. Ou seja: o que diz bem dela. Por isso passa uma imagem para os outros de beleza, classe, bom gosto, elegância, categoria, charme. Além disso tem outra coisa invejável que é a naturalidade. Não tem a mania que é bonita, não faz poses, não põe a peitaça ao léu nem a perna de fora em decotes vertiginosos que vão do umbigo à garganta e da virilha ao tornozelo. Ela não precisa disso e é maravilhosa, que só ela. E depois tem mais do que beleza e estilo. O facto de assumir estes valores faz com que nela se veja muito para além de uma simples figuraça. 
Depois, um enorme talento. É camaleónica. E - isso sim -  contribui para fazer dela uma das actrizes melhores do nosso tempo, merecedora ontem de mais um óscar para acompanhar o que já tinha lá em casa. Um ícone de beleza, estilo e classe. Eu detesto ídolos, no sentido de referências de imitação e seguidismos tontos. Mas esta é, sem dúvida, um ícone. Um ícone do melhor que há em imagem e estilo.  E parabéns para ela e para o exemplo que é. Estou a pensar em duas "actrizes" portuguesas cujos filmes e programas não consigo ver porque são umas vaidosas que mete nojo. De tal maneira que