31/01/2014

Revelação que não é inconfidência (ou será ?): sacana!

O que agora escrevo é íntimo, sim, mas cuja revelação está (mais do que) justificada pela sua potencialidade de ajudar alguém (uma pessoa que seja). Quero lá saber do resto.
Há anos que penso que temos de ser senhores do nosso destino e que o importante é o que está dentro da nossa cabeça e não fora dela. Por isso a formação da cabeça assume uma importância igual à da alimentação do corpo (formação que, como é evidente, não é só escolar ou académica).
Foi numa aula de cycle no ginásio. O treinador, um rapaz jovem em excelente forma física, no meio das instruções que vai dando para puxar pelo nosso melhor e para que o treino seja eficaz: não deixem que a bicicleta vos domine, têm de ser vocês a dominar sempre a bicicleta (quem pratica este desporto percebe bem isto: se nós não pedalamos com resistência, a bicicleta é que dirige o treino e nos domina a nós - e não nós a ela -, o que retira eficácia ao treino e, pior que isso,  arrisca lesões nas articulações dos joelhos e nós sabemos muito bem quando não temos a carga suficiente: saltar no selim, não conseguir parar de imediato a bicicleta após treino de velocidade, etc., etc.).
"Não deixem que seja a bicicleta a dominar-vos, sejam sempre vocês a dominar a bicicleta". E fez-se LUZ: a necessidade elementar de dominar o que vai na cabeça e não ser dominada pelo que lá vai parar por invasão de fora em rota livre e descontrolada.  Porquê? Por saúde mental. Por exigências de paz, tranquilidade, estabilidade, apaziguamento interior e, no fim e sobretudo, por exigência da própria felicidade e da dos que nos rodeiam. Em definitivo, e sem tréguas, filtrar o que vai dentro da minha cabeça - imaginação, memórias, inteligência, vontade,.... 
Na cabeça: o que queremos, o que nos faz bem, o que comporta felicidade e paz. Fora as invasões dos "petardos", "mísseis" ou "tsunamis" das preocupações, imaginação, angústia, rancores resultantes de mil e uma coisas do dia a dia, ingratidões manifestadas de mil maneiras. Por maiores e mais graves que sejam as razões que tenhamos para a invasão da cabeça das desilusões que invadem a nossa vida. Quantas coisas! A experiência da imensa ingratidão de, com uma simples mensagem enviada por telemóvel, nos deitarem por terra trabalho de décadas de afinco em que demos tudo de nós com um imenso sacrifício pessoal e familiar de horas de trabalho sem fim, com um pontapé que nos deixa a canto no primeiro "round", a injustiça de sentir que não se fez justiça com decisões precipitadas  dos tribunais que "deram o tiro completamente ao lado" e, pior do que tudo isto, o sentimento da falta, da perda, da saudade, do fim da vida na terra em condições trágicas ou de catástrofe.
Os crentes - como eu - sabemos que tudo tem um sentido e tudo (mesmo tudo: incluindo a "porcaria" e o mal que os homens - eu incluída - somos capazes de fazer, o que comporta sempre um mistério que se chama liberdade humana e providência divina), tudo é para bem.
Mas crentes, ou não, temos de concluir que a cabeça - imaginação, inteligência, memória e vontade - nos pertencem e que essa pertença tem de ser de domínio e não de dominado. De senhorio. Sem o qual não conseguimos ser felizes porque essa felicidade é roubada, corroída, destruída pela deriva dos acontecimentos que não dependem de nós. Quantos problemas isto nos resolve! Catalisa as energias para o que é o essencial para resolver muitas das questões que só nos atormentariam se as deixássemos assentar arraiais na nossa cabeça, retira o stress, dá luz e cor à vida, levanta-nos ("levanta a cabeça princesa que, se a baixas, cai-te a coroa"). 
No fundo, um trabalho de selecção: deixar entrar o que dá fruto e arrancar as ervas daninhas. Com a certeza de que estas alastram muito mais facilmente que os frutos bons e que isso exige um enorme esforço.
Não é fácil? Claro que não é. Mas nunca ninguém disse que a felicidade era uma coisa fácil.
No fundo, o esforço de mandar para o "catano" o sacaninha que há em nós. Este mesmo sacaninha de que se fala aqui e que é de leitura obrigatória. Como tudo o que se encontra neste espaço.

Beijo da Maria, com a promessa que a próxima vai ser moda mesmo. O cuidado do corpo. Um corpo lindão, saudável, cheio de energia para albergar uma alma sã (mens sana in copore sano). Quem não quer, heim? Que .... brasas!!!!!!

27/01/2014

Nem tudo o que se usa é bonito.

Não acho que seja uma tendência que vá tornar-se em moda.
As tendências sugeridas pelos criadores (eu acredito que são apenas sugeridas e não "impostas" pelos criadores porque, ao contrário do que se diz, a moda não é uma ditadura) nem sempre são bonitas e, às vezes, até ficam mesmo mal a toda a gente por muitos e variados motivos. Neste caso, parece-me que é por serem inadequadas. E porque as "tendências" só se tornam "moda" quando são adoptadas pelas pessoas, acho que esta não vai ficar moda, a não ser no sítio certo que é a praia ou a pesca.
Mais: acho infinitamente mais interessante a ideia de que os criadores vão buscar as tendência ao que, nós, os seres comuns, vestimos nas ruas, do que às suas cabecinhas pensadoras e imaginativas.
E achei piada que este ano, pela primeira vez, os resultados da parceria da H&M com os "grande criadores" tenha ficado... nos cabides das lojas muito depois do dia do lançamento. Refiro-me às calças douradas, às calças de lantejoulas e aos vestidos extravagantes da colecção da Isabel Marant para a H&M ... Peças "fora dos postes" que ninguém quis...
Isabel Marant com cujo estilo me identifico mas que às vezes "assobia nas curvas" ... (como, eu.... todos temos dias menos felizes...): a mesma de onde veio esta "tendência" dos "xanatos" de que não gosto. Nem na praia, nem na pesca, nem nos pés dos turistas dos países frios usadas com meia branca (de algodão cardado ... ou não...) mas quase invariavelmente com pele cor de lagosta suada (ou não...).
Eis o "xanatos" 2013/2014 em vários efeitos, eleitos pelo Blog da Maria com um "não" acompanhado de uma boa gargalhada:

20/01/2014

The Following ou Os Seguidores. Na Fox

Estive completamente enganchada na série "Os Seguidores" (The Following no original) que passou em 15 episódios na Fox. Do melhor que há para quem gosta de serial killers e, depois do Dexter, achei das melhores séries de sempre (eu sou perdida por filmes de terror e os serial killers grudam-e e... não... não... não me dão pesadelos, só tenho pesadelos com episódios da vida real).
O assassino em série com uma pinta que só visto. Lindo e cheio de resmas de charme e estilo. Como é possível isto? Alguém sabe se a série continua? Parece que já há a 2ª temporada. Se alguém souber onde passa: DIGAM-ME por favor!!!!!!
Como aqui não há tabus aqui vai o Joe Carroll, o assassino em série mais estiloso que já vi.
No meio de tantos assassínios, alguém por acaso reparou no charme dele???? Ora vejam lá:

O Ronaldo. O nosso "Cris"


O Ronaldo saiu de casa dos pais muito pequeno e, longe da sua terra (a Madeira) foi entregue na academia do Sporting onde, pequeno e sozinho, lhe deve ter custado imenso. O que atingiu foi à conta de esforço. O homem tem um talento de ouro, umas pernas de platina. Mas o que ele tem a mais é muito trabalho e uma dedicação ilimitada. Por isso comoveu-me vê-lo chorar quando ganhou a bola de ouro porque ele bem sabe com que esforço chegou ao melhor lugar do mundo. Veio de uma família humilde, com dificuldades económicas e nunca o escondeu. A mãe dele trabalhava numa cantina e devia ter um salário muito modesto.  Isso tudo aumenta-lhe o mérito. E tem-se mostrado um senhor. Porque responde sempre de luva branca, sem palavras e com actos e deixa as polémicas para os mais fracos. E isso é de um autêntico senhor.
Quanto ao Messi, convém dizer-lhe que por dinheiro nenhum deste mundo se volte a enfiar num fato vermelho fosforescente. Não é por nada. É só porque nos faz doer os olhos.

Parabéns "CRIS". Conseguíamos dar-te aqui umas lições de estilo. Mas neste dia estavas simplesmente .... lindo. 
OBRIGADA.




19/01/2014

Saldos... que valem a pena.

A melhor sensação em saldos é encontrar a peça no nosso tamanho que andámos a namorar a estação toda. Ali mesmo à nossa espera.
Vale a pena aproveitar peças boas, clássicas, que durem no armário mais do que "pechinchas" que nos atraem só pelo preço.
Parece-me que um bom casaco, uma carteira especial e uma peça que "pisque o olho" à estação que vem são boas opções porque são seguras.
Aqui vai o que vi a este propósito:

Canadiana. É um casaco que se pode usar sempre, embora mais apropriado para ocasiões informais. Penso que é muito útil em qualquer roupeiro porque, embora o sobretudo clássico vai sempre com tudo e para tudo, este tipo de casaco funciona muito bem em fim de semana e não me parece mal que "esconda" um fato ou um vestido de trabalho, tudo dependendo das ocasiões e pode fazê-lo com um enorme estilo. Foi estrela em quase todas as colecções desta estação, o que me leva a crer que vá continuar a imperar nas próximas. Eu tenho uma da Miu Miu (há mais de uma década?) e nunca passou um Inverno que não a tenha levado a dar umas boas voltas (é a que está aqui).
Este ano andei o ano todo de olho numa da Zara Studio. Primeiro porque são de lã num tecido de primeira qualidade que justificava o preço de 149€. Depois porque é a reprodução exacta das canadianas que pulularam as colecções das grandes marcas. E, por último, porque são a reprodução das que se usaram em tempos idos (quando conheci o meu marido ele tinha uma assim e .... com resmas de estilo).  Estas canadianas estão agora disponíveis aqui (on line) ao preço de 59,99€. À minha conta já mandei vir duas a este preço, a pedido de amigas minhas que ma viram. Vão durar muitos, muitos anos.
Vejam lá se  gostam:

18/01/2014

Notícias.

Eu não abandonei este blog. Estou só a tentar arrumar o caos (aparente) em que se tornou a minha vida (nunca mais será igual) e isso tem-me absorvido todas as minhas energias e mais que tivesse.
Finalmente voltei à rotina, com visitas diárias ao ginásio (5ª e 6ª feira excluídos por exigências do trabalho mas incluí o fim de semana!) que me têm escorrido a cabeça por dentro. Eu não concebo a vida sem desporto. A ausência do ginásio aumenta o cansaço físico e diminui a força física, fora o resto da tonicidade muscular e, acima de tudo, da higiene mental que significa.  Eu acho que nós temos de ser mentalmente higiénicos o que significa lavar a cabeça de toda a porcaria que nos faz mal. Todo o género de porcaria: desde o stress acumulado a sentimentos negativos para com pessoas e situações. Mais uma vez: há que ultrapassar em nós tudo o que é raiva, rancor, má vontade porque, nas relações humanas o positivo atrai o positivo e o negativo atrai o negativo.
Estive a ler isto e agora definiria o ano que passou como aparentemente o pior da minha vida (até agora), MAS com um número infindável de coisas boas que tenho de agradecer. As muito boas não se vêm, as trágicas não se entendem mas vêm-se e deixam sequelas.
Um estado de luto  inesperado, profundo, trágico, e uma adaptação à nova vida, à ausência física que coexiste agora com a presença da doença tão próxima em quem foi, em décadas, a âncora desta minha família e que pensávamos (irracionalmente) que iria ser assim sempre, o nosso porto seguro... A minha declaração quanto a tudo isto: tudo agradeço, tudo aceito e tudo ofereço e arranjo força a pensar nos outros, em todos os que precisam de mim .... bem ...  e não com cara de desenterrada com que me levanto todos os dias.
E nestes dias deixei de escrever aqui porque isto é um blog que não considero apropriado para divulgar estados de alma que já se percebe que não estão no "mood" adequado para o efeito. 
Tudo ficou diferente, sobretudo porque as coisas deixam de ter importância perante a evidência, vivida, de que tudo é tão frágil e passageiro, não definitivo.  O nosso destino não é esta terra. Ponto final parágrafo.
Posto isto, eu acredito que, na vida, não há "sorte", não há "acasos" e nós somos senhores do nosso destino. A sorte tem-se ao jogo. Não na vida. Também me irrita profundamente dizerem que o ano novo corre como correr a passagem de ano. Eu estaria completamente lixada condenada porque estive numa festa maravilhosa mas com uma dor de cabeça do catano.
Fora isto, há um mundo infindável de coisas que têm de vir para este blog.
As próximas vão ser sobre... saldos e ... desintoxicação dos excessos das festas para obter um corpo lindão por dentro e por fora. Que tal?
Espero que gostem. O dos saldos vem já a seguir.
Beijo da Maria.