Hand made lovers - "as" botas

 

Queridos Amigos,

Ontem prometi que ia revelar "as" botas que eu elegi para esta estação. Vai acontecer que este post vai surgir no dia seguinte ao que prometi porque não quero fazer batota (nem sei se posso, não me interessa) nas datas em que escrevo.

Neste momento passa (pouco) da meia noite.

Mas depois de idas e vindas com os meus Pais ao hospital da CUF onde nos "caiu no colo" uma médica maravilhosa, encantadora e super conscienciosa, não podia deixar de vir cumprir aqui o que prometi pois que o prometido é devido, mesmo que depois da hora marcada... (mais vale tarde que nunca).

Eu não quero que amanhã venham aqui espreitar o meu blog e vejam, com desilusão, o post de ontem.

Sei que estão ansiosos por ver as botas que elegi para esta estação e acreditem que vi muitas, muitas, de todo o género e estilo, na minha mão e nas revistas, nas produções de moda,

Não julguem (homens, que as mulheres ficam sempre encantadas com sapatos novos) que isto não é matéria importante. Não se trata aqui de apenas umas botas mas muito mais: o ir à origem das coisas, de lifestyle, de acreditar no que é nosso, de imaginação, de bom gosto, de design.

Depois também há aquela questão de que "dêem a uma rapariga os sapatos certos e ela pode conquistar o mundo", frase que já aqui citei, lembram-se?

E uns sapatos novos fazem as mulheres felizes e isso começa cedo. Lembro-me de ser muito pequena (muito mesmo: talvez cinco / seis anos) e ter chorado a noite toda porque a mãe não me deixou ir para a cama com os sapatos novos. Eram uns sapatos de verniz preto de que eu gostei tanto que não me queria separar deles, nem a dormir. Lembro-me do espanto de todos por eu querer dormir com os sapatos, mas eu achava isso tão natural porque gostava tanto deles que nem punha a hipótese de os tirar dos pés, nem para dormir. 

Hoje vou contar a história da

 XUZ - Hand Made Lovers

A origem próxima da Xuz são três amigas que resolveram ir à origem dos socos usados em Portugal e no norte da Europa, mantendo o original, mas actualizando-as, com uma imaginação e um sentido de inovação que tem vindo a consolidar-se e já chegou ao mercado da Alemanha, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Inglaterra, Japão, Noruega e Suécia.

A histórios dos socos é engraçadissima e podem encontrá-la  aqui. A antiguidade desta arte remonta há séculos: "existiu em Guimarães uma confraria de sapateiros, sob a evocação de Santa Maria, cuja constância no tempo vem desde o Sec. XIII". (fonte: aqui).

O facto de que a "Xuz nasce de uma ideia de voltar às origens" encanta-me. Também me encanta a ideia de que criam "peças únicas" porque "são realizadas pelas mãos de (ainda) verdadeiros artesãos de antigos ofícios". Por isso é que às vezes é difícil encontrar estas botas. As criadoras querem que "a recriação de cada modelo se limite a um reduzido número de pares", evitam a massificação e "acreditam sinceramente que existe espaço, tempo e vontade de reencontrar a tradição e reinventá-la à luz da actualidade". Isto , para mim, é sinónimo de "luxo".

Nesta colecção (Outono / Inverno 2011/12) pela primeira vez, a Xuz resolveu, numa atitude inteligente, produzir - sempre hand made - botas com  sola de borracha a salto em madeira, mas sem o formato dos socos.

Mostro-vos agora as botas que elegi para esta estação (refª: 3692):



Embora respeitem o espírito hippy chic da marca, têm um aspecto mais urbano e são muito versáteis, em pele cobra, muito maleável, num tom que funciona com todos looks. e cores (incluindo o preto). Por outro lado, a ligação entre a borracha da sola e a madeira do salto com a finura da pele do cano (parece uma luva) dá um resultado ao mesmo tempo moderno e actual, mas clássico e intemporal.

Vale a pena ver todas as botas desta colecção da Xuz e tentar encontrá-las nos locais indicados no site, aqui.

  

As que eu também gosto, desta colecção, são estas:

Aqui vêm-se melhor. Disponíveis em camel / mel (refª 3699) e em cinza chumbo (refª 3702 C).



E quem disse que estas só ficam bem num look mais casual? Vão à fotografia que coloquei no início deste post e vejam como funcionam tão bem numa onda chique e como ficam glamourosas!

Também gosto destas que me lembram as galochas mas o efeito é cortado pelo salto em madeira e pelo cano muito alto, acima do joelho.

E - acreditem - o facto de serem verdes não as torna nada menos trazíveis, bem pelo contrário. São diferentes e, se arriscarem nestas, vão ver que não as vão tirar dos pés, independentemente dos looks porque vão bem com (quase) tudo. E a tendência é a mistura de cores e padrões (a Prada é magistral neste assunto) e, por isso, não há problema nenhum em usá-las com tudo e mais alguma coisa que não sejam os tons que tradicionalmente conjugamos com os verdes. Esta tendência vai durar anos e, por isso, é um bom investimento.

Eu tenho as botas que são as cores de mel, as segundas a contar da esquerda na fotografia de baixo e têm-me salvo de imensos apuros. São da colecção de há duas estações atrás. Uso-as, uso-as, uso-as...

Uso-as de todas as maneiras e feitios e, por vezes, ficam irreconhecíveis. Parece que tenho quatro pares de botas no roupeiro e afinal são só umas. Além disso, para falar de conforto basta dizer que não as tirei dos pés durante duas semanas e curaram-me dum entorse numa aula de body attack no ginásio  que me fez chorar durante 3 horas com dores e medo de lesão (tinha acabado de uma recupeção de seis meses da operação aos dois pés). Fiquei fina sem mais nada para além das minhas lindas Xuz. Funcionaram como umas autênticas talas. É isso que as faz confortáveis. O pé está sempre direito e estável.

Por fim, reconheço que estas botas (as dos socos, não as que vos falei acima que foram lançadas nesta colecção) são como aquele anúncio "aprende-se a gostar" e, inicialmente, funcionaram como um "men repeller" (com isto quero dizer que são uma coisa que os homens não gostam, ou melhor, não entendem, mas as mulheres sim). Mas, depois, fazem qualquer "moça" gira e tornam-se "gostadas" por todos (homens incluídos).

Os socos foram reintroduzidos pela Chanel nas últimas colecções!

O sinal do prestígio de uma marca são as imitações e o que é certo é que pululam imitações de botas com socos como os da Xuz. Mas as Xuz são especiais porque são hand made e por hand made lover.

Por último uma nota porque o que eu quero é o vosso interesse, queridos leitores do meu blog:  vale a pena esperar porque estamos a dias de "saldos, promoções e outras ocasiões" (não imaginam a quantidade de mails, sms, e tudo o que se possa imaginar com promoções  privadas, descontos, cheques oferta, etc. e diz-me a experiência que isso acontece exactamente antes das promoções / saldos). Está quase! Aguentem-se e não façam compras agora. Guardem o vosso dinheiro para os saldos (hei-de, depois, dar-vos dicas sobre as peças a eleger em saldos!).
O problema é encontrar estas botas tão exclusivas ou exactamente o número das que queremos em época de promoções... Se eu souber, digo-vos aonde. Se alguém souber, deixe aqui nos "comentários".
(por falar em comentário, continuo ansiosa... Digam tudo, tudo mesmo, não há problema!)

E, por último, não resisto aqui a deixar o cartão com que a Xuz faz acompanhar as botas:

Obrigada!

Ao comprar as botas

Xuz ajudou a manter o

trabalho de 52

portugueses que

estiveram directamente envolvidos na sua

produção

Portugal merece

www.xuz.com.pt

Não acham delicioso?

Um beijo,

Maria