Queridos Amigos,
Tinha mesmo de ser. Tinha mesmo: o primeiro comentário de moda.
E vai para … o tamanho.
Num centro comercial aonde só vou por obrigação, entrei numa loja de uma cadeia espanhola (não é a Zara nem a Mango) e vejo, a atender, aquele rapaz que eu conhecia de uma das melhores (e mais cara) lojas de Lisboa, super bem educado (atendia-me, a mim, cliente rara de saldos, como se fosse lá o ano todo), bem parecido (eu pensava sempre porque não estaria ele numa agência de modelos), bom gosto (comprovado e refinado) e aqui fica o diálogo:
(Eu) - Então agora está aqui?
(Ele) – É verdade, vim trabalhar para aqui (contou-me que tinha sido uma oportunidade, que estava ali de passagem para outro cargo no Grupo, blá, blá, …)
(Eu) – E aqui, que tal?
(Ele) – Muito diferente da …. (indica a loja de onde vinha).
(Eu) – Porquê?
(Ele) – Blá, blá, blá (explica) e conclui: muitas vezes pedem-me o tamanho 38 e vestem o 42 .
Há dias, encontrei-me com a minha amiga Ana, de Campo de Ourique, uma figuraça de fazer inveja à Vénus de Milo, para cima de 1 metro e 80, sempre linda, ponha o que ponha, de fazer parar o trânsito e diz-me que ficou com umas calças tamanho large “para cairem bem” (ela deve vestir o 32 ou o 36, mas seguramente um small ou x-small).
E concluo eu com o Valentino (um dos meus costureiros de eleição, claro) quando lhe perguntaram o que era, para ele, a deselegância: “usar um tamanho abaixo do seu”.
As pessoas pensam que, por se conseguirem “enfiar” num 36 ou num 38, estão bem. Às vezes não: estão precisamente a por em evidência aquilo que deviam disfarçar.
Escolher o tamanho certo: eis a questão.
Um beijo,
Maria