11/05/2015

Falar do que não se sabe dá sempre em porcaria.

"Ninguém, absolutamente ninguém faz abortos por prazer. As mulheres fazem-no por necessidade." A individua que escreveu isto conhece todas, mas todas as mulheres que abortaram. TODAS. Em Portugal e arredores, incluindo China, Sibéria, Antártida (Alasca e o Ártico) passando pela Patagónia. É uma verdadeira mulher do mundo. Esqueceu-se foi de falar com a médica ginecologista que trabalha num hospital público, aqui perto (Norte de Portugal), que me confessou a mim (que, como esta individua, não trabalho em hospitais nem lido com as mulheres que fazem abortos) que, um par de anos após a legalização do aborto em Portugal, uma única mulher tinha feito 10 (DEZ) abortos nesses breves anos (DEZ abortos: uma DEZENA de abortos em breves anos, não sei quantos anos, que eu não invento). Não sei se os os fez por gosto, mas fê-los foi de BORLA, grátis, não pagou (não pagou ela: pagámos nós e continuamos a pagar para isto que nos lixamos). E também se não os fez por gosto, também não os fez por desgosto que, por desgosto, não tinha feito 10 (não foi 1, nem 2, nem 4 nem 6, nem 8: 10). E se os fez por necessidade deve ter sido por necessidade de juízo.
Tropecei com esta mesma individua a dizer que "A Igreja é um lobby do caraças, podre de ricos, luxos, podres de podridão, pedófilos e outras demonstrações do demo que procuram esconder."
E se eu lhe disser que ela não se preocupe com a Igreja porque ela tem a quem sair, que a família dela é uma cambada de gente reles são pessoas parecidas entre si, onde figuram, para além de outros anormais, alguns pedófilos.
Tem de aceitar o que eu escrevo sobre a família dela porque em comum com o que ela escreve sobre a Igreja tem o seguinte: falamos ambas do que não conhecemos.
Gente que fala do que não sabe, cai sempre na asneira. Pior quando a asneira é ofensa gratuita e injusta.

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