Directo de Londres para o Jardim Zoológico.
Chegámos.
A zurrar.
Estamos em Lisboa.
Primeiro que tudo: isto é um post de opinião, que é a minha e que, antes de criar quaisquer equívocos, digo já que é aquilo que penso e que é uma opinião, certamente dificilmente a modificarei, mas é só a minha... Isso, acrescido a uma constatação da minha vida e que já leva alguns anitos. Mas só isto e nada mais do que isto. Não sei o que pensam....
Venho dizer-te o que aconteceu. Depois de dois meses de exames que levei como uma cruz, e cujos resultados guardei numa gaveta fechada nos envelopes fechados como me foram entregues, envelopes que não abri e que continham a minha sentença de vida ou de morte, de saúde ou de doença. Exames que fiz porque o meu homem me marcou consulta e porque, depois, me marcou os exames. Em envelopes grandes fechados, o TAC, as ecografias, as análises, ...,... ao todo nove exames. Fiz de avestruz e meti a cabeça na desculpa de que exames médicos devem ser vistos pelos médicos. Guardei a data da consulta na agenda sem pensar, mas hoje, chegou o dia. O pior dia para ir para o Centro de Saúde esperar pela sentença. No meio de um imenso stress de trabalho, de prazos, de trabalhos para fazer que não cabem nas horas do dia, a tentação de mudar a data da consulta foi maior que muita, gigantesca, demolidora por razões inadiáveis. Na minha cabeça o conselho de uma amiga que me apontou como obrigação grave cuidar da saúde. E eu senti de novo aquela sensação de me cair a vida das mãos quando tive a notícia do problema pulmonar irreversível precisamente quando me sentia cheia de força física, a gozar plena e excelente saúde, desportista em forma física invejável. Não me caiu o mundo mas foi, no mínimo, uma surpresa que me atirou violentamente com a realidade inexorável das minhas fragilidades.