23/06/2015

O Solstício de Verão, o corpo e a roupa.

Gosto de vestidos des-construídos em efeitos geométricos desalinhados, como se de um tecido caído ao acaso se tratasse.
Que revelam uma pessoa e não mostram um corpo.
Nos efeitos desestruturados, nas linhas geométricas, na des-proporção encontro a modernidade, um sentido da moda que vai muito para além de um vestido. Vestidos que "encaixam" bem qualquer tipo de corpo porque simplesmente caem sem exibir, e são independentes da altura, largura e outras contingências, não só da pessoa que revelam, mas sobretudo do corpo que reservam para outras coisas infinitamente mais importantes do que a simples exibição pública e anónima.
E porque as escolhas em matéria de roupa nunca são neutras nem "acéticas", adoro esta preservação da intimidade, esta posse dominada e pacifica do corpo, da interioridade que mostra o que a pessoa é sem tornar público o corpo que a pessoa tem.
Um corpo que é corpo sem o ser "à vista desarmada" porque é demasiado importante.

E porque começou o Verão, tudo isto numa fluidez e largura que tornam compatível a roupa com o solstício do calor.

BOM VERÃO!!!!!!
































2 comentários:

Margarida disse...

ADORO!! beijinhos

Maria disse...

Obrigada querida Margarida! Um beijo grande e sobretudo até breve!