08/10/2016

Por falar em comparações: são péssimas.

Que as comparações são de evitar, é uma verdade há muito conhecida assim como também seria excelente perceber porque é que seres humanos não devem ter outros seres humanos como "ídolos" a não ser pelas suas virtudes.
Por outro lado, também é bom perceber que os chamados "ídolos" são pessoas como as outras e que a sua aparência física de excelência se pode dever à genética e a uma especial graça da natureza  mas que, em 90% dos casos, é simplesmente muito esforço e muito reboco, operações, botox e, sempre, privação fome, esforço e disciplina. E que são pessoas como as outras: também emagrecem e também engordam e têm dias...




Charlize Theron com mais 15 kilos, por exigências do guião.


O ator Jared Leto com mais 28 kilos para interpretar o assassino de John Lennon no filme "Chapter 27" (ano de 2008)

E o mais impressionante é o io-io do ator Christian Bale: com menos 28 kilos para interpretar o protagonista do filme "The Machinist" em que ficou irreconhecível para logo a seguir não sair dos ginásios para recuperar os músculos perdidos para  interpretar o inesquecível "Batman Begins".





E como esquecer os bíceps do Robert de Niro no Touro Enraivecido na dupla incrível com o Martin Scorsese (também de memória em Taxi Driver) e como, no mesmo filme, aparece decadente com mais de 30 kilos?

 
E como esquecer a mudança de visual do Matthew McConaughey sem 17 kilos no filme "Dalas Buyer Club"?








E o rapper 50 Cents sem 20 kilos no filme "All things fall apart"



Conclusão da história: uma pessoa só se pode comparar consigo mesmo para tentar atingir o seu melhor "eu". o "eu" que lhe pertence , o "eu" que tem e o "eu" que é. O eu com as suas circunstâncias, o que inclui tudo e coisas tão óbvias como a sua altura, a sua idade, as suas ocupações, os lugares por onde anda (foi o Ortega Y Gasset que também disse isto, não?). Esta é uma das mais óbvias condições da elegância e da beleza: a aceitação do "eu" pois só assim se consegue atingir "o" melhor "eu". Com a convicção mais do que segura - a certeza! - de que esse "eu" pode ser um incrível e mais bonito melhor "eu".
E, com a auto confiança em limites elevados, afastar qualquer tentação de comparação com qualquer "outro", conhecido ou desconhecido, presente ou ausente (na internet estamos todos presentes)
Parece tudo tão óbvio, mas não é.  E tem muito que se lhe diga.

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