Desabafo. Lotaria.

Queridos Amigos,
À horinha mesmo em que os nossos governantes estão a anunciar mais austeridade - austeridade "da boa"  que vai trazer menos receita - venho aqui ao meu blogue para DESABAFAR.
Ando no fio do arame e numa lotaria.
Porquê perguntarão os meus queridos leitores?
Os meus queridos clientes andam com uns milhões de euros "pendurados" nas cabecinhas pensadoras que são "la creme de la creme" dos nossos Tribunais superiores: o Tribunal Constitucional! Eia! - pensarão os meus queridos leitores - é em grande esta Maria! Sim, respondo eu, em grande!
 Os meus queridos Clientes, os seus trabalhadores e a decisão de que irão tomar de permanecer - OU NÃO - neste  lindo Portugal depende destas cabecinhas pensadoras do Palácio Ratton (= Tribunal Constitucional). E, de com a sua saída do país, "por mero acaso" levarem milhares de trabalhadores para o "abençoado" desemprego (abençoado pelo primeiro ministro que acha que isso é mesmo muito bom : UMA "OPORTUNIDADE"!).
Eu sei que não percebem. Mas eu vou pôr aqui. Porque isto é um desabafo sério, consistente. Não é um desabafo de uma mulher cheia de trabalho e sem saber para onde se virar ou à beira de um ataque de nervos. É um desabafo de uma mulher que vive num país onde pagar impostos - ou não pagar - por vezes NÃO é uma obrigação: é mesmo UMA LOTARIA. Vamos lá ver porquê:
1. Acórdão n.º 18/2011, de 12 de Janeiro do Tribunal Constitucional: decide pela constitucionalidade do artigo 5.º da Lei n.º 64/2008.

2.    Em sentido oposto o mesmo Tribunal Constitucional, no Acórdão n.º 310/2012, de 20 de Junho considera inconstitucional a norma do artigo 5.º da referida Lei.

3.  Em sentido oposto ao primeiro acórdão, o mesmo Tribunal Constitucional diz o seguinte, no acórdão n.º 382/2012 de 12 de Julho: é inconstitucional a norma do artigo 5.º da referida Lei.

Não querendo massacrar os meus queridos leitores com doutrinas jurídicas, vou só dizer que a norma do "artiguinho" que está em causa implica "só" muitos milhares de euros para as desgraçadas das empresas que até são geridas por uma "cambada de ignorantes". Como diz o outro que me parece que cheira a bafio dos livros e da vida das empresas sabe zerinho. Zerinho mesmo! Ou menos que zerinho pelos "bitaites" que passa a vida a mandar que são tão, tão, mas tão inteligentes que só ele os percebe. E muito menos sabe o que é viver com 500 euros por mês. Às vezes uma família inteira  a quem ele acha que até se devia era baixar o ordenado porque há que baixar salários. Mas o dele não porque os "bitaites" dele são muito inteligentes. Não servem para nadinha, mas são muito inteligentes. E para inteligências tão superiores que só atingem mesmo a dele e que, por isso, ficam caros aos desgraçados que ganham salários de 500 a 1000 euros, mas não mandam "bitaites".  Quanto à "creme de la creme" dos nossos Tribunais superiores, não preciso dizer mais nada, pois não?

Beijinho da Maria precisada de desabafar.