Mais um post que andou aqui escondido nos dias, travado pela minha reserva, dúvida ou seja lá o que for. Mas tem sido para mim uma experiência tão tranquilizadora que acho que não a transmitir seria egoísta.
Tudo o que se tem passado nestes dias perdeu completamente importância. Perante a realidade da partida de um ser tão querido, tão nosso, tão da nossa vida, a importância das coisas reduz-se a um simples "nada". A morte é avassaladora mas pensar nela não me assusta. É pensar na nossa essência, na nossa razão de ser. E ... faz parte da vida. O meu irmão morreu e, de certa forma, ele estará mais presente agora nos nossos dias. Eu encontro-o agora de uma forma especial: na Matthäuspassion de Johann Sebastian Bach (alemão de Leipzig, esta música é provavelmente 1727, mas seguramente do Séc. XVIII). Uma das obras primas da música ocidental. E era uma das obras preferidas do meu irmão a que ele voltou nos últimos dias da sua vida na terra mas que sempre o acompanhou. Agora, nestes dias, a "Paixão Segundo S. Mateus" de Bach tem sido a minha companhia. E tem-me proporcionado momentos de arrebatamento, de paz e de uma tranquilidade profunda. De tal forma, que agora acho que ninguém devia passar desta vida sem ouvir esta mostra da beleza dos momentos de maior dor. É o que esta obra significa. Eu tenho-a ouvido no carro, no escritório e tem-me andado na cabeça.
Tudo o que se tem passado nestes dias perdeu completamente importância. Perante a realidade da partida de um ser tão querido, tão nosso, tão da nossa vida, a importância das coisas reduz-se a um simples "nada". A morte é avassaladora mas pensar nela não me assusta. É pensar na nossa essência, na nossa razão de ser. E ... faz parte da vida. O meu irmão morreu e, de certa forma, ele estará mais presente agora nos nossos dias. Eu encontro-o agora de uma forma especial: na Matthäuspassion de Johann Sebastian Bach (alemão de Leipzig, esta música é provavelmente 1727, mas seguramente do Séc. XVIII). Uma das obras primas da música ocidental. E era uma das obras preferidas do meu irmão a que ele voltou nos últimos dias da sua vida na terra mas que sempre o acompanhou. Agora, nestes dias, a "Paixão Segundo S. Mateus" de Bach tem sido a minha companhia. E tem-me proporcionado momentos de arrebatamento, de paz e de uma tranquilidade profunda. De tal forma, que agora acho que ninguém devia passar desta vida sem ouvir esta mostra da beleza dos momentos de maior dor. É o que esta obra significa. Eu tenho-a ouvido no carro, no escritório e tem-me andado na cabeça.
Para mim, tem sido uma experiência que tenho vivido como um presente que o meu irmão me deixou. E tenho-a ouvido no carro, nas minhas idas e vindas a tentar acompanhar o "continuar da vida" que não pára. Tenho-a ouvido no meio do buliço da cidade e do trânsito.Tem sido uma experiência única que me transporta para um mundo de paz, tranquilidade, beleza, enche-me completamente e sinto o meu irmão tão perto de mim, com esta obra de que ele tanto gostava. Eu acho que todas as pessoas deviam passar por esta experiência: percorrer a cidade a ouvir esta música. Fica tudo tão diferente...
Desfrutem. Mas não deixem de ver o último dos três que aqui deixo....P.S - cortei o cabelo... Amanhã mostro como ficou.
3 comentários:
Boa tarde querida Maria !tenho seguido o seu blog quando posso ...
A musica que acabo de ouvir é maravilhosa .
Rezei e continuo a rezar por si e por sua familia ,pois domingo fui a missa em Fatima acendi uma vela por você, pois desejo-lhe o melhor como para todos fique com Deus beijinho .A.D.
Isabel
Talvez este poema também te console.
bjs
Mena
“A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro, ainda o somos…
Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.
sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Por que eu estaria fora dos teus pensamentos,
apenas por que estou fora da tua vista?
Não estou longe,
somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem…
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas,
e se me amas
Não chores mais.”
Sto Agostinho de Hipona.
É um consolo, sim. Obrigada.
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