23/09/2014

Badalhoqueira à vista de todos e em horário nobre.

Depois de ter passado a manhã em jejum forçado, fui tomar o pequeno almoço a um pequeno café. Só eu e dois empregados, um rapaz e uma rapariga. Perto do meio dia. Na televisão a apresentadora com um outfit disparatado e uma maquilhagem imprópria para um programa da manhã, com o pernil à mostra e cuja eleição como a mais "sexy" do ano me faz lembrar que os homens gostam é de celulite. Aos guinchos anuncia um programa que parece que começou ontem. Um mimo os comentários dos empregados do café e do que chamam às voluntárias que se prestaram a este programa . Vão do desavergonhadas a outros mimos que me encheram de risadas que aqui não  reproduzo mas que se iniciam com uns "oferecidas" e "porcas" que "vão para ali nuas dormir com 3 homens ao mesmo tempo". E acaba com um ultra e mega acertado "a culpa é nossa que vemos esta porcaria" e "um país com 35.000 pessoas a candidatar-se para as universidadesas e 115.000 a candidatar-se para este programa." Fiquei a pensar no "oferecidas" e no que resta, depois, reservado para estas pessoas que se prestam a isto, no final da badalhoqueira e da porcalhota: zero. Zero em intimidade, zero em interesse, zero em atração. zero em dignidade. Esqueceram-se que são pessoas. Sem ofensa para os animais. Porcas incluídas.
Alguém percebe isto?

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Querida prima

Os que, bem lá no fundo, mandam nos políticos que nos (dês)governam, são os mesmos que mandam na comunicação dita social.
Eles querem um povo estupidificado e sem sentido crítico. Um povo que engula tudo o que se publicaem papel e se vê na TV.
Assim sendo, esse tipo te programas vem mesmo a calhar.

Maria disse...

😘