Talvez não devesse, não seja "ortodoxo" ou espectável, mas Andy Warhol é um dos homens mais fascinantes, mais marcante para mim. Talvez isso resulte do meu "dark side". Fascina-me, engancha-
me, encandeia-me trazer para o mundo da "arte" detergente da roupa ou sopas em lata.
As pirâmides das sopas Campbell e do detergente da roupa, os quadros das pop star em cores fluorescentes a lembrar livros aos quadradinhos. As "musas" que aproximou do povo em desenhos populares como Marylin, Jackie Kennedy, Elisabeth Taylor, ...
Numa faceta mais desconhecida, a sua busca do transcendente, talvez imortalizada na "The Last Supper (yellow)" e "The Last Supper (Christ 112 Times)", "Cross" e "Crosses" em amarelo sobre negro e eu não consigo ficar indiferente diante daquela cara de Jesus e destas cruzes vazias num amarelo de interpelação sobre um negro profundo e fechado.
Lembro-me dos excessos deste homem que na sua arte multifacetada (do cinema à moda, pintura,...) marcou (penso eu que de forma definitiva) o caminho da arte dos anos seguintes à década de 60 e 70. Ainda hoje o famoso Studio 54 de Nova Iorque continua a fascinar, fazer história, não só porque marcou uma época mas por tudo quanto representou na alteração dos costumes, com drogas à mistura e, infelizmente, outros excessos. Neste Andy Warhol me surpreendo com a genialidade, me cruzo com a decadência da natureza humana e a tendência inultrapassável para o transcendente. Tudo no mesmo homem que é um bocadinho o que encontro em mim própria, genialidade excluída.
A Pepe Jeans adquiriu direitos de utilização das obras dele e há peças que me maravilham todos os anos.
Este ano é este blazer que não é blazer, mas casaco, que não é casaco, mas camisa que não é camisa mas abrigo para os dias mais quentes de Verão. Corte a direito, tecido ultra fino, riscas prestas e brancas em "contra-mão" (as da frente ao alto, as de trás na horizontal) num efeito típico da Pop Art.
O forro ... fabuloso e surpreendente.
Vamos ver:
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