28/07/2013

Momentos de Intimidade.

Hoje fomos as duas fazer a visita à mega-ultra-super modista que estava marcada há bastantes dias para ser a um sábado. Eu sabia que era de excelência porque já tinha visto  muitas coisas que saíram das mãos dela. Como faz um Elie Saab sair de uma revista e cair nas nossas mãos, igual. Como faz uma pessoa com um "corpo difícil" brilhar com um chique intemporal e ficar linda de morrer. Hoje, em contacto com ela, percebi como tem olho para os tecidos como nunca vi. Deita-lhe o olho e diz que não é natural. Toca-lhe e diz que não cai bem para aquele efeito. Por último explica porque é que aquele é o melhor de todos para aquele feitio, para aquele corpo e para aquele tom de pele. Queixa-se porque agora é mais difícil encontrar os tecidos que as marcas punham à venda com os figurinos. Valentino, Givenchy, Dior,.... Percebe como é que cada feitio fica bem a uma pessoa. Ao corpo e ao seu estilo, ao género de pessoa que é. Cada comentário é cirúrgico, de uma exactidão que nos deixa desarmados e completamente rendidos. Que justifica o enorme custo de uma "toilette". Mas esta é para uma ocasião muito especial, demasiado especial  para deixar passar a data sem a correspondente apresentação. Fiquei completamente rendida.
Mas hoje, sábado, depois desta visita que as duas fizemos para escolher o vestido e que me deixou fascinada porque é muito difícil encontrar pessoas assim, que me atraem irresistivelmente, fomos as duas num programa arranjado na hora. Sozinhas. Andámos pela Baixa de Lisboa, a cidade mais bonita do mundo para se visitar e para viver. A que tem maior percentagem de satisfação dos turistas. Fomos almoçar numa das explanadas das arcadas da Praça do Comércio e sentimos-nos umas princesas de novo em turismo na cidade mais bonita, mais cosmopolita e mais acolhedora do mundo. Visitámos o Mude, o Museu do Design e da Moda. Fomos à Intimissimi da Rua Augusta que fica num edifício simplesmente maravilhoso. Entrámos na H& M. Fomos aos saldos da Zara e à Stradivarius. Fascinámos-nos com o edifício do  Hotel Internacional da Rua Augusta, um edifíco emblemático e  recuperado em tons brancos e lavanda, absolutamente maravilhoso. Conversámos e rimos, contámos coisas. Falámos. Momentos de silêncio, de perguntas e respostas, de contar coisas ou simplesmente falar, falar, falar, coisas importantes e conversa "mole".
E, no fim, eu pensei que as duas somos amigas, cúmplices, íntimas. E que é impossível ser íntima, amiga sem se ter estes momentos a duas, só nós, sem mais ninguém.
E que são momentos muito importantes.
É preciso estar com os outros. Só para eles e eles para nós, sem interferências, sem mais ninguém, só nós.
São momentos inesquecíveis e muito, muito, muito importantes. Pelas suas consequências que é o que sobra das relações humanas, Momentos de que se faz o casamento, a maternidade, a paternidade, a família.
Que pena serem tão poucos estes momentos!
Beijinho da Maria

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