Amo as festas da minha aldeia. Amo as inaugurações com lanches de leitão e de porco assado no espeto para TODO o Povo. Amo o bailarico e nunca me divirto tanto como nestas ocasiões. Dançar ao som do "apita o comboio" e outras iguais. É uma diversão e um ambiente tão longínquo do ambiente urbano que habito.
Muito provavelmente os meus queridos leitores não conhecem este ambiente rural e eu vou tentar reproduzi-lo aqui. Faltam as canções a plenos pulmões, o cheiro do churrasco, o povo bom desta terra. Mas aqui fica!
Por isso vamos lá ver com quantas contas se faz uma inauguração em terras da Beira Alta. Vilar de Ordem, freguesia de Povolide, concelho de Viseu. Foi no Domingo passado, dia 2 de Dezembro. Inclui... o look do dia!!!! Fotografias com a máquina nova!!!! Foi-se o telemóvel!!!!!
AS AUTORIDADES OFICIAIS
O Presidente da Câmara
O presidente da Junta de Freguesia
O "Sr. Abade", o Rev. Padre Dr. Alfredo. Foi quem me casou. Ou como ele diz "não te casei. Fui testemunha do teu casamento. Vocês é que se casaram" (há 24 anos e parece que foi OOOOOOONTEM!)
Discursos e Benção
O busto que dá nome à praça. O meu avô! Nunca o conheci que morreu quando as filhas gémeas tinham 10 anos.... Também nunca imaginei que tivesse sido assim, a vida dele. Porque para mim, este meu avô é um mito. Uma pessoa que não conheci, mas cujo sangue trago nas veias (e a doença dos pulmões... que ele morreu disso). Mas, apesar disso, para mim é um mito. Acho que, dele, ainda tenho no nariz, talvez, o cheiro das casas dele em Lisboa e em Povolide. Dos papéis dele, das cartas, das fotografias. Das coisas dele. Dos objectos pessoais e das coisas de casa.
O meu avô! Na casa dele, nesta terra, sempre havia refeições preparadas para quem tivesse fome. Para os pobres e quantos havia naquele tempo! O resto não interessa e é isso que eu tenho no coração. O amor que ele devia ter às pessoas, o não aguentar ver as pessoas a passar mal.Foi o que herdei dele, acho eu. O resto não me interessa. Tem de passar gerações e nós só somos administradores das coisas e dos dons que nos põem nas mãos e de que iremos, um dia, prestar contas.
Tunas, ranchos, cantares,...,...
Up's! No ar...
POVO!
Os descendentes com as autoridades...
As pessoas
O "lanche" para o povo todo. São assim as pessoas desta terra.
O largo. Bom gosto!
Casa de muitas recordações
E um estilismo para o frio.... A peça chave é um casaco de raposa que era da minha mãe e que terá mais de 30 anos (pelo menos), sendo que a mãe mo deu assim, mas já lhe tinha feito alterações. Mesmo assim tinha 3 camadas de camisolas por baixo!!!
Uma festinha que nunca lhe dei.
Beijinho da Maria.
PS: amanhã: mais uma participação premiada!
Aqui, a um simples clique de si!
5 comentários:
Grande reportagem tia! Nesse dia nem faltou a bela da música às Isabeis...:P
Beijinho Isabel
Pois... Foi a música que mais gostei. Além disso concordo integralmente com a letra. Acho que nos deviam conhecer e fizeram-nas para nós...
querida maria, eu também tenho uma terra, a vendinha! onde também danço o apita o comboio e semelhantes melodias nas festas da terra :) gosto muito de voltar às origens e tenho sempre pena de quem não tem terra e desconhece este "sabor" de ser de uma aldeia, um lugar, onde todos dizem bom dia, todos se conhecem, sabem o nosso nome, de quem somos filhas, netas, e como eram os nossos caracóis em pequenas! Beijo alentejano!
Querida Amiga Alexandra. só te consigo dizer obrigada pelo teu beijo alentejano e ... um enorme beijo viseense! Sabes? Eu conheci a Vendinha pelos dois posts que escreveste no meu querido Heart (no.teu.coração.blogspot,com). Puseste-a no mapa e meteste-a nos nossos corações e na nossa vida!
:)
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