Que as comparações são de evitar, é uma verdade há muito conhecida assim como também seria excelente perceber porque é que seres humanos não devem ter outros seres humanos como "ídolos" a não ser pelas suas virtudes.
Por outro lado, também é bom perceber que os chamados "ídolos" são pessoas como as outras e que a sua aparência física de excelência se pode dever à genética e a uma especial graça da natureza mas que, em 90% dos casos, é simplesmente muito esforço e muito reboco, operações, botox e, sempre, privação fome, esforço e disciplina. E que são pessoas como as outras: também emagrecem e também engordam e têm dias...
Charlize Theron com mais 15 kilos, por exigências do guião.
O ator Jared Leto com mais 28 kilos para interpretar o assassino de John Lennon no filme "Chapter 27" (ano de 2008)
E o mais impressionante é o io-io do ator Christian Bale: com menos 28 kilos para interpretar o protagonista do filme "The Machinist" em que ficou irreconhecível para logo a seguir não sair dos ginásios para recuperar os músculos perdidos para interpretar o inesquecível "Batman Begins".
E como esquecer os bíceps do Robert de Niro no Touro Enraivecido na dupla incrível com o Martin Scorsese (também de memória em Taxi Driver) e como, no mesmo filme, aparece decadente com mais de 30 kilos?
E como esquecer a mudança de visual do Matthew McConaughey sem 17 kilos no filme "Dalas Buyer Club"?
E o rapper 50 Cents sem 20 kilos no filme "All things fall apart"
Conclusão da história: uma pessoa só se pode comparar consigo mesmo para tentar atingir o seu melhor "eu". o "eu" que lhe pertence , o "eu" que tem e o "eu" que é. O eu com as suas circunstâncias, o que inclui tudo e coisas tão óbvias como a sua altura, a sua idade, as suas ocupações, os lugares por onde anda (foi o Ortega Y Gasset que também disse isto, não?). Esta é uma das mais óbvias condições da elegância e da beleza: a aceitação do "eu" pois só assim se consegue atingir "o" melhor "eu".
Com a convicção mais do que segura - a certeza! - de que esse "eu" pode ser um incrível e mais bonito melhor "eu".
E, com a auto confiança em limites elevados, afastar qualquer tentação de comparação com qualquer "outro", conhecido ou desconhecido, presente ou ausente (
na internet estamos todos presentes)
Parece tudo tão óbvio, mas não é. E tem muito que se lhe diga.